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Israel ataca o Irã: o que se sabe até o momento sobre os danos e vítimas causados pelos bombardeios

Em um comunicado, os militares israelenses sugeriram que haveria mais por vir, chamando seu ataque de 'o primeiro estágio'

Autoridades israelenses que confirmaram a realização dos ataques contra o Irã disseram que a ação foi de caráter "preventivo", embora não houvesse indicação imediata de que Teerã planejava atacar. Os bombardeios atingiram dezenas de locais em todo o Irã, visando o programa nuclear e suas capacidades de mísseis de longo alcance, de acordo com um oficial militar israelense e uma fonte militar israelense ouvidos pela CNN.

Em um comunicado, os militares israelenses disseram que agiram "em resposta à agressão contínua do regime iraniano contra Israel" e sugeriram que haveria mais por vir, chamando seu ataque de "o primeiro estágio".

 

O que se sabe até agora sobre o ataque sem precedentes de Israel:

Instalações nucleares: o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que Israel atingiu a principal instalação de enriquecimento do Irã em Natanz, que ele chamou de "o coração do programa de mísseis balísticos do Irã". Rafael Grossi, chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), confirmou em comunicado que a usina nuclear de Natanz foi alvo dos ataques israelenses. Após contato com o Irã, a AIEA relatou que não houve aumento nos níveis de radiação em Natanz. O órgão de vigilância nuclear também disse que a usina nuclear de Bushehr não foi alvejada, bem como a instalação nuclear de Isfahan.

Comandante militar morto: a mídia estatal iraniana relatou que o general Hossein Salami, comandante-chefe da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, está entre os mortos nos ataques, além de cientistas.

Alto escalão: a mídia estatal também informou que o brigadeiro-general Mohammad Bagheri, comandante-em-chefe das Forças Armadas e o segundo comandante mais graduado depois do líder supremo, foi morto no ataque israelense. O golpe na cadeia de comando do Irã é significativo: Israel eliminou três comandantes de alto escalão, semelhante às operações que eliminaram a cadeia de comando do Hezbollah. Entre eles está o major-general Gholam Ali Rashid, vice-comandante-em-chefe das Forças Armadas e alto funcionário do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC).

Cientistas: seis cientistas nucleares teriam sido mortos no ataque israelense, entre eles Fereydoon Abbasi, cientista nuclear e ex-chefe da Organização de Energia Atômica do Irã; e Mohammed Mehdi Tehranchi, físico teórico e presidente da Universidade Islâmica Azad em Teerã.

Posição dos EUA: não houve envolvimento ou assistência dos EUA nos ataques, disse o secretário de Estado, Marco Rubio. "Esta noite, Israel tomou medidas unilaterais contra o Irã. Não estamos envolvidos em ataques contra o Irã e nossa principal prioridade é proteger as forças americanas na região", disse ele em um comunicado.

Prédios residenciais e militares atingidos: fotos e vídeos postados pela mídia estatal iraniana mostram prédios de apartamentos em chamas, além de janelas quebradas nos andares superiores de um arranha-céu na capital Teerã. Um alto funcionário iraniano disse que um complexo em Teerã onde vivem comandantes militares, Shahrak Shahid Mahalati, foi atacado e que três prédios residenciais foram demolidos.

Fora de Teerã: moradores das cidades iranianas de Isfahan, Arak e Kermanshah, que abrigam complexos militares e industriais, também relataram ter ouvido explosões.
 

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